RUMOS
Março 23, 2008
Percorri a estrada da vida e já cansado!
De tanto caminhar! Quase esgotei
Porém, sem desistir, continuei,
Viajando, com a esperança, ao meu lado.
De tanto percorrer, me habituei!
E por onde passei, já me esqueci
Mas de todas as estradas que percorri
Não esqueço por aquelas, que passei.
Enfrentei tempestades e marés…
Naveguei por entre tormentas e adamastores
Em busca de outros sóis, de outros amores
Andei, de porto em porto, aos pontapés…
Porém, quando terra firme avistei
Julgando a bom porto ter chegado
Olhei á minha volta, e então pasmado!
Não estava, onde julgava, me enganei.
Mário Margaride (Papagaio)
QUE ESTE AMOR VIVA EM MIM…
Fevereiro 7, 2008
Fui árvore, tronco seco, giesta…
Fui mar, tempestade, fui mendigo
Perdido, andei, buscando abrigo
Na imensa e atribulada floresta;
Porém, não desisti, de te encontrar
No deserto imenso, procurei…
Até que entre as dunas te encontrei,
E nunca mais deixei de te amar.
Hoje sou cama, onde o amor dorme
Nada temo, e tenho um orgulho enorme
E vivo este amor, com intensidade…
E na cama deitado às vezes choro…
Sentindo esta paixão, imploro…
Que este amor viva em mim…para a eternidade!
29-01-08
Mário Margaride
ENVOLVE-ME
Janeiro 30, 2008
Envolve-me nas tuas ondas de ternura
Leva-me a navegar nesse teu mar
Envolve-me na tua luz, no teu calor
Debaixo desse teu manto, de encantar.
Envolve-me numa montanha de delícias…
Por onde docemente irei trepar
Envolve-me nos teus desejos inebriantes
Que dentro de mim ardem, sem parar.
Envolve-me nas tuas ondas de carícias…
Na espuma do amor, e da paixão
Cobre-me de beijos cintilantes
Que me transportam para outra…dimensão.
19-01-2008 Mário Margaride “Papagaio”
COBRE-ME DE BEIJOS E ABRAÇOS
Janeiro 10, 2008
Quero que me cubras, com versos fascinantes
Que não ofusquem os carinhos que me dás
E ponham brilho naqueles instantes
Em que te quero, aqui, mas não estás.
Serão sinais visíveis, realçantes
Da tua presença, que tanto me faz
Imaginar de quando, juntos e amantes,
Criamos tempo, já que o tempo é fugaz.
Toma-me nu e simples como sou,
Cobre-me com teus beijos e abraços,
Que são as minhas “palavras” preferidas.
É o que quero em troca do que dou,
Quando, então, e livres de embaraços
Fundiremos, numa só, as nossas vidas.
Mário Margaride “PAPAGAIO”
NO SABOR DE TI
Novembro 22, 2007
Percorro o teu corpo sedoso…
Em busca de ti
Do teu cheiro,
Do teu sabor,
Do teu perfume,
Do teu fervor.
Me inebrio…
Na leveza do teu corpo
Na sua doçura,
No seu calor,
Na sua beleza.
É meu alimento,
A minha maldição,
A minha loucura,
A minha perdição.
Penetro…
Nesse Bosque imenso,
De curvas assimétricas,
E grutas inexploradas,
Que desconheço.
Mas quero descobrir,
Incessantemente,
Impacientemente…
Labirinto,
Que não me importo
De não encontrar a saída,
E nele me perder para sempre,
No sabor de ti.
NÃO ENCONTRO PALAVRAS
Outubro 28, 2007
Não encontro palavras…
Para dizer-te quanto te amo.
Percorri todos os dicionários
Todas as enciclopédias
E não encontrei palavras
Para definir quanto te quero
quanto te adoro
quanto és importante para mim.
Não encontro palavras que o definam
Tal a intensidade, a força…
que dentro de mim sustenta, e alimenta
este sentimento que sinto por ti.
Não encontro palavras…
para o definir.
Mário Margaride
Desenho de minha autoria
NO MAR IMENSO DE TI
Outubro 10, 2007
COMO GOSTO…
Outubro 2, 2007
Como gosto…
De passar as mãos pela tua pele,
Os dedos pelos teus cabelos,
E adormecer nos teus braços.
Brincar com a língua no teu corpo
Ouvindo o som da tua voz,
E ficar ali…
Nos teus braços
Entregue às tuas carícias.
Com os lábios abertos
Esperando que a tua boca,
Toque a minha…
Num doce e terno beijo.
Depois…
Dizer baixinho ao teu ouvido,
Amo-te…
GOSTO DE TI ASSIM…
Agosto 22, 2007
Gosto de ti assim…
Calada, ausente
Me ouvindo de longe,
Em silêncio
Teus olhos cerrados,
Vêem-me
E tua boca ansiosa,
Se fecha num beijo
Emerges do silêncio
Com alma
Libelinha de sonho
Meu amor…
Gosto de ti assim
Calada, ausente,
Melancólica,
Distante
Lá longe…
Como gosto de ti assim…
Gosto do teu silêncio cúmplice
Dos teus suspiros
Dos teus beijos ausentes
Presentes em mim
Ouves-me de longe
Deixas que te fale,
Silenciosamente
Tal como a noite
Assim és tu
Calada, silenciosa
Como as estrelas do Céu
LOUCO, EU SOU…
Agosto 10, 2007
Loucos são os ventos,
Que dentro de mim sopram,
Sem parar
Loucas são as noites
De insónias constantes
Onde o amor se instala,
Me inquieta,
Me alimenta
Me faz sonhar acordado.
Loucos são os dias,
Que em noites de insónias,
Me esperam
Não me deixando dormir.
Loucas são as águas
Que afundam as mágoas,
As inquietações, as incertezas,
Lavando-as.
Louco, eu sou…
Por te amar!